As paisagens na Patagônia são cinematográficas, e quando pensei que não me surpreenderia com mais nenhuma, conheci o Parque Nacional Torres Del Paine no Chile. Conheci a neve em Ushuaia, naveguei entre gelo e caminhei sobre um glaciar em El Calafate, poderia voltar para casa que estaria satisfeito, mas aà resolvi continuar a viagem e ainda bem que fiz isso porque Torres Del Paine tem paisagens grandiosas e impressionantes. E pelo conjunto da obra acho que foi o melhor parque. Bem que li que um roteiro pela Patagônia deve começar por Ushuaia e terminar em Torres Del Paine e não o inverso, eu concordo.
A paisagem já chama atenção na estrada. De longe Ă© possĂvel ver as torres, e a primeira parada para admirá-las acontece ainda fora do parque na Laguna Amarga.
Fiquei interessado em conhecer o parque, mas quando li ‘longas caminhadas’, ‘trekking’ e ‘circuito W’ vi logo que nĂŁo servia pra mim e e pensei que teria que descartar mais um destino. Mas aĂ descobri que tem excursões organizadas de um dia com transporte e guia de turismo, tudo que eu precisava. O parque Ă© imenso e se cometece a loucura de ir como um dos aventureiros que encontrei, eu nĂŁo saberia nem que rumo tomar, fui de van e gostei. Todos os parques que conheci na PatagĂ´nia possibilitam a visita aos diferentes pĂşblicos, pode ser um trilheiro ou grupo de terceira idade que sĂł pode (ou sĂł quer) contemplar, e isso eu acho muito bom.
Lago Nordenskjold com as montanhas Cuernos del Paine ao fundo, já dentro do parque.
Para conhecer Torres Del Paine fiquei hospedado na cidade chilena de Puerto Natales, a mais prĂłxima do parque. Fechei o passeio na prĂłpria pousada no dia anterior quando cheguei a cidade sem dificuldade, nĂŁo sei se isso Ă© normal ou se sĂł foi possĂvel por ser baixa temporada (abril). A duração do passeio Ă© de dia inteiro, portanto acordei cedo mais uma vez e sai ainda no escuro Ă s 07:30 horas quando a van passou para me buscar. Havia opção de sair mais tarde com outra agĂŞncia, mas preferi sair mais cedo para aproveitar o dia. A justificativa do guia para sair aquele horário foi para aproveitar a luz da manhĂŁ que Ă© melhor para as fotos. Seja lá qual for o motivo, chegamos antes nos lugares quando eles ainda estavam vazios e saĂmos quando os outros grupos estavam chegando.
Salto grande que nĂŁo Ă© tĂŁo grande assim, mas proporciona bela paisagem. Aqui Ă© feita uma pequena caminhada.
O grupo era pequeno sĂł 07 pessoas mais o guia e o motorista, entĂŁo foi rápida a busca nos hotĂ©is e logo saĂmos em direção ao parque distante da cidade 115 km. Fizemos duas paradas antes de chegarmos ao parque, a primeira foi em uma cafeteria de beira de estrada que vende de tudo e ainda faz câmbio, a Ăşltima oportunidade para quem saiu sem cafĂ© comer, comprar o que esqueceu e providenciar peso chileno para pagar o ingresso do parque que sĂł ser na moeda local. A outra parada aconteceu na Laguna Amarga, um dos melhores lugares para ver as torres que dĂŁo nome ao parque. Segundo o guia, Ă© comum o tempo instável na regiĂŁo e nĂŁo Ă© todo dia que consegue avistar as torres, tivemos sorte pois o tempo estava limpo e pudemos ver com nitidez atĂ© mesmo da estrada durante a nossa ida. SĂł depois de algum tempo chegamos a portaria do Parque Nacional, e enquanto o guia fazia o pagamento dos ingressos tivemos mais alguns minutos para fotos e fazer uso do banheiro.
Parada no Lago Pehoe. As paisagens vĂŁo ficando cada vez mais surpreendentes.
O parque tem uma área de 181.000 hectares com rio, lago, cachoeiras e glaciar. Como o dia estava limpo, claro com muita luz e cor, pra onde olhava a paisagem era incrĂvel. Dentro do parque aconteceram trĂŞs paradas para contemplação antes do almoço que tambĂ©m foi em um lugar sensacional a beira de um lago, com opção de restaurante, lanchonete e área para lanche. Como nĂŁo levei o meu, tive que encarar os preços salgados do restaurante, mas pelo menos a comida estava saborosa. Depois teve a Ăşltima parada dentro do parque para uma caminhada passando por uma ponte pĂŞnsil, floresta, beira do lago Gley atĂ© chegar ao mirante onde se tem uma visĂŁo melhor do Glaciar Grey. Depois de conhecer o Perito Moreno, o Glaciar Grey nĂŁo pareceu tĂŁo interessante pra mim, mas vale a pena ficar um tempinho ali e contemplar tudo aquilo. Tirando a parada do almoço, essa foi a mais demorada, mas se quiser ir aproveitar o mirante tem que ir logo assim que for liberado pois dependendo do seu ritimo, pode nĂŁo dar tempo.
Lago Grey.
Já na estrada voltando a Puerto Natales fizemos a Ăşltima parada na Cueva Del MilodĂłn, uma caverna com vestĂgios de vida humana de muitos anos atrás e que tem na entrada uma escultura do MilodĂłn, um mamĂfero duas vezes maior que o homem que habitava a regiĂŁo da PatagĂ´nia. NĂŁo tive interessante em conhecer e nĂŁo fiz a visita que durou aproximadamente 20 minutos. Cheguei Ă cidade já no finalzinho do dia.
NĂŁo sei se foi porque o grupo que eu estava era pequeno, mas o passeio foi muito tranquilo sem correria e com tempo suficiente para aproveitar as paradas. Me atendeu perfeitamente, em um dia vi paisagens inesquecĂveis e tento imaginar o que teria visto num passeio de mais dias caminhando dentro do parque.
QUEM FAZ
Na cidade tem várias agencias. Eu fiz com a Tour Express que fica praticamente em frente ao principal supermercado. Vi preços com a agência, mas reservei com a pousada onde fiquei hospedado e assim paguei o passeio só no check-out.
Gostei dos serviços. Uma van boa com motorista e um guia tranquilo, atencioso com bastante informações.
QUANTO CUSTA
Valor do passeio com transporte e guia: $ 25.000 (pesos chilenos)
Ingresso do parque: $ 18.000
Se for visitar a Cueva Del MilodĂłn, Ingresso: $ 4.000
*valores de abril de 2016.
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