FINALMENTE PORTO ALEGRE

Nas viagens ao sul do Brasil que tive oportunidade de fazer como Guia de Turismo, Porto Alegre entrou em poucos roteiros. E só tinha um pernoite com um Tour rápido quando chegávamos, um jantar em uma churrascaria típica e no dia seguinte saíamos cedo . Queria conhecer melhor a cidade, entrar naqueles lugares que só passei em frente durante o Tour. Mas nunca foi possível.

Este ano finalmente fui a cidade, mas tive dificuldades e fiquei meio perdido, por exemplo, em que regiĂŁo ficar hospedado, e de como organizar o roteiro com atrativos alĂ©m daqueles que sempre fizeram parte de uma possĂ­vel viagem: Centro HistĂłrico, Mercado PĂşblico, o Palácio Piratini, … Mas  Porto Alegre tem muito mais.


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Viaduto sobre a Avenida Borges de Medeiros(por isso conhecido como viaduto da Borges), mas o nome é viaduto Otávio Rocha. Fica bem no centro da cidade.

Bom, sobre a hospedagem, resolvi só quando cheguei lá. Fiquei no Bairro Cidade Baixa que eu imaginei ser a parte baixa do centro da cidade por ter ali uma parte alta e outra baixa (ignorância). Mas não era no centro e sim próximo, dá pra ir caminhando. Acertei na escolha do bairro pois o lugar fica bem movimentado à noite com várias opções, e dá para fazer tudo a pé.

Só não foi tão boa a escolha do Hostel (Porto Alegre Eco), a área comum até que é legal e o pessoal é atencioso, mas o quarto que fiquei não era legal, paredes mofadas e sem armários (valor da diária em quartos coletivos sem banheiro, R$ 35,00). No mesmo bairro há opções melhores de Hosteis, como o Solar63 que visitei depois e que havia sido inaugurado recentemente.


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Chalé da Praça XV, um tradicional bar que fica em frente ao Mercado Público no centro da cidade.

Programei trĂŞs noites e dois dias inteiros na capital gaĂşcha, mas eu precisava de pelo menos mais um dia para aproveitar melhor Porto Alegre. NĂŁo sou do tipo que vai direto aos atrativos turĂ­sticos, vĂŞ tudo e pronto. Eu me permito sair do roteiro e nessa viagem nĂŁo fiz (muito) isso. Acho que isso aconteceu devido a expectativa de querer ir aos lugares.

Eu queria ter parado naquele bar que vi no centro da cidade e tomado um chope, mas acabei passando direto para ir ao prĂłximo atrativo. Queria ter voltado ao centro cultural que encontrei fechado, queria ter insistido com o Mercado PĂşblico para poder gostar dele como gosto do mercado de SĂŁo Paulo e de Belo Horizonte. E queria ter conhecido outros lugares interessantes que a cidade tem. Pois Ă©, programei mal e acho que vou ter que voltar a Porto Alegre.


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Mercado Público no centro da cidade. O prédio de 1869 é patrimônio histórico e cultural da cidade, e está em obras de recuperação de um incêndio. Além de bancas, oferece aos visitantes restaurantes e bares. Tem perto dele ponto de ônibus, taxi e metrô.

Mesmo perdido, indo e vindo, eu curti o que fiz. Entrei no Teatro SĂŁo Pedro que sempre tive curiosidade. Vi como o gaĂşcho curte o Parque Farroupilha, Nos dois dias na cidade conheci um Acampamento Farroupilha, andei no calçadĂŁo do GuaĂ­ba atĂ© a Usina do GasĂ´metro e vi o pĂ´r do sol no guaĂ­ba. Comi um XIS (lanche), andei nas linhas turismo e conheci a praia (de rio) de Ipanema e vi que Porto Alegre tem uma área rural, fiz um Tour a pĂ© pelo Centro HistĂłrico visitando vários atrativos e curti uma roda de samba (nunca imaginei ver isso em Porto Alegre) na Casa de Cultura Mario Quintana.  E Ă  noite eu terminava em algum bar ou restaurante no bairro Cidade Baixa.

O que acho que perdi tempo foi ir conhecer o Museu de CiĂŞncias e Tecnologia da PUCRS, Ă© um atrativo muito especĂ­fico voltado para turismo pedagĂłgico e Ă© longe do centro. Passei por uma feira de antiguidade, e nĂŁo sei se Ă© porque estava no final mas nĂŁo achei tĂŁo interessante.


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Museu de CiĂŞncias e Tecnologia da PUCRS.

No fim do primeiro dia assisti o pôr do sol às margens do Lago Guaíba na Usina do Gasômetro - um Centro Cultural que funciona usina de geração de energia. O sol foi embora mas eu ainda não queria ir, e como o Centro Cultural Mário Quintana estava ali perto (para quem gosta de andar), fui até lá e acabei o meu dia (que já era noite) ali bebendo uma cerveja gelada e ouvindo uma roda de samba no frio de julho em Porto Alegre.


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Uma antiga usina de energia de 1928 que hoje funciona como um Centro Cultural às margens do Lago Guaíba. Sua chaminé tem 107 metros de altura. Sugiro ir conhecer já no fim da tarde, pois se não tiver nenhuma programação legal, você assiste o pôr do sol.

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PĂ´r do sol Ă s margens do Lago GuaĂ­ba, um programa para turistas e moradores.

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Os gaúchos aproveitam o calçadão para a prática de esporte. É um bom lugar para ver de perto os costumes. Quando fui era inverno e havia barraquinhas com gastronomia regional. Vendiam pinhão cozido, os gaúchos adoram (eu não gostei), e quentão de vinho (isto eu gostei).

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Fui conhecer a Casa de Cultural Mário Quintana, e para minha surpresa ela estava promovendo, logo na entrada, uma roda de samba das boas. Não sabia que em Porto Alegre havia bom samba, mas tem até desfile de escolas de samba.


Porto Alegre é fácil de circular e possui como transporte público, ônibus e metrô (veja o site). Além, é claro, de taxi e a linha turismo com duas opções de roteiros. Eu usei basicamente ônibus e andei. Taxi eu usei somente para ir e voltar do Hostel. Em vários lugares é possível encontrar o serviço de informação turística com bastante material e mapas.

Para vocĂŞ nĂŁo perder tempo entĂŁo, e se quiser uma sugestĂŁo, vai uma sugestĂŁo de roteiro:

No primeiro dia você pode logo pela manhã fazer os dois roteiros da Linha Turismo. Assim você vai ter um panorama da cidade e depois se organizar para visitar o que acha interessante, e se já tiver o que visitar, os roteiros podem acrescentar alguma coisa. No mesmo dia, na parte da tarde, você pode fazer o Tour pelo Centro Histórico e terminar o dia no pôr do sol às margens do Lago Guaíba. (vai ter post separado para este não ficar grande).

E se tiver um outro dia, aproveite para ir aos parques da cidade. Porto Alegre tem vários parques, talvez o mais popular seja o Farroupilha que tem aos Domingos das 9h às 18h, o Brique da redenção, uma feira de artesanato, arte, antiguidade e gastronomia. Vá no fim d tarde (também tem post separado).

Fora do centro tem a Fundação Iberê Camargo, os estádios e se você for a cidade no mês de setembro, não deixe de ir ao Acampamento Farroupilha. Veja aqui no Portal do Turista o que visitar e outras informações.

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