Ilha de Combu, a Amazônia em Belém

Ilha de Combu
Belém ao fundo vista do restaurante na Ilha de Combu

Belém é uma cidade grande, movimentada, trânsito e prédios. Mas ao seu redor contrastando com essa agitação estão inúmeras ilhas com vegetação da floresta amazônica abrigando comunidades ribeirinhas tradicionais que seguem num ritmo mais tranquilo. Bons recantos com gastronomia paraense e praias famosa como a de Mosqueiro. O problema é que muitas ficam distantes da área central da cidade e quem tem pouco tempo na cidade não consegue conhecer alguma delas.
   
Durante a viagem a Belém fiquei sabendo da Ilha de Combu, distante somente 10 minutos de navegação pelo Rio Guamá. É frequentada pelo belemenses nos finais de semana e pelos turistas que vão com o propósito de almoçar no restaurante mais famoso da ilha: Saldosa Maloca (assim mesmo com ’L’). Eu fiz o mesmo, mas no caminho descobri que ele não é o único restaurante que tem na ilha.

E depois, somente depois da visita, fiquei sabendo que a ilha é uma Área de Proteção Ambiental (APA). E que tem mais do que restaurantes, tem chocolate artesanal orgânico com direito a visita (Dona Nena - Filha de Combu), passeios ecológicos como trilhas e que é de lá que sai boa parte do açaí consumido em Belém.
   
Ilha de Combu


Como foi a visita a Ilha de Combu

Depois que visitei o Theatro da Paz, Basílica de Nossa Senhora de Nazaré e o Museu Paraense Emílio Goeldi fiquei com a tarde livre. Já havia ido nos outros atrativos na cidade. Então lá mesmo no bairro Nazaré peguei um taxi e segui para a Praça Princesa Isabel no bairro Condor onde tem um porto. A praça estava vazia, mas logo foi aparecendo gente e não demorou muito para um barco sair.
  
No porto improvisado saem barcos para outros lugares, então diz logo ao barqueiro para onde quer ir para não parar em lugar errado. Acho que no grupo só eu parecia ser turista e o pescador já foi logo perguntando se eu ia para o Saldosa Maloca. Falei que sim pois só encontrei posts falando dele, mas perguntei se havia outros restaurantes e com preços melhores, falou que sim e me deixou onde ficaram uns moradores locais. Parecia que já eram clientes, pois conheciam o dono. Então acho foi uma boa opção.
  
Os restaurantes são construções simples em palafitas com deque para o rio e com o quintal para os fundos. Se eu não estiver enganado o restaurante que fiquei é o Porta Abertas, ele não fica de frente para Belém como outros, para chegar a ele é preciso entrar em um braço de rio. Não sei se foi devido o horário, cheguei tarde, mas no restaurante havia pouca gente. Dele era possível ver o Saldosa Maloca que fica numa esquina, lá o movimento era grande. Acho que foi uma boa ter ficado ali. Era bem mais simples, mas fui bem atendido e o meu pedido não demorou.
  
Ilha de Combu
Um dos barcos usados na travessia

Já cheguei com fome e fui logo fazendo o pedido, não perdi a oportunidade de comer peixe, adoro peixes da Amazônia fritos, grelhado ou assado, pode ser tucunaré, pirarucu, pacu, tambaqui, … . Pra quem não gosta de peixe tem opção de carnes. Os pratos são para duas pessoas e não fazem meia porção (eu estava sozinho), então não dei muita bola para os acompanhamentos (arroz, feijão,…) e dei mais atenção para o peixe. Não tenho fotos do prato, não costumo tirar fotos de comida e nem imaginava em fazer post sobre este assunto. Mas a comida é típica dos ribeirinhos, simples, mas muito gostosa e com preço bom.
  
Terminei o almoço e cai na besteira de deitar no banco da mesa e aí não teve jeito, o resultado foi um bom cochilo. Quando acordei ainda tive tempo para ficar ali de bobeira observando o fim de tarde naquele lugar tão perto do centro de Belém e tão diferente. Interessante ver que ali os rios e canais ganham outra dimensão,  são como ruas com grande movimentação de barcos. Alguns com passageiros, outros com famílias inteiras aproveitando a tarde de sábado. A cor da água não é bonita, é cor de barro, mas tanto adultos como crianças tomavam banho e usavam os deques dos restaurantes para pular. Um barco se aproximou e voltei para a Belém urbana.

QUANDO IR

Os restaurante na sua maioria funcionam nos finais de semana. Durante a semana é bom ligar para o que pretende ir para confirmar se está aberto.
A travessia custa R$ 5,00 por pessoa (R$ 10,00 ida e volta).

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3 Comentários

  1. Qual a origem do nome da ilha do cumbu.

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    1. Olá, obrigado por visitar o blog.
      Infelizmente vou ficar devendo esta informação. Quando escrevi este post procurei a origem, o significado, mas não encontrei.
      Se você conseguir, por favor informe aqui.

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