No meu último dia em Lisboa fui conhecer Belém e o Parque das nações. Esses dois lugares ficam em lado opostos mas de metro isso não é problema. Deixei Belém para o domingo pois o Mosteiro dos Jerônimos e a Torre de Belém, duas atrações do lugar, não cobram ingressos até às 14 horas. Então fui primeiro à Belém.
Belém é um bairro as margens do rio Tejo, e por essa localização viveu seu tempo áureo na época dos descobrimentos. Foi dali que o navegador Vasco da Gama saiu com as naus para descobrir o caminho marítimo para a Índia e outros navegadores que foram no mesmo caminho. Hoje, é uma área espaçosa, com amplos jardins, museus, centros culturais e imponentes monumentos, que ajudam a manter as lembranças daquela época. É também o bairro dos famosos e deliciosos pastéis de Belém.
Fui de metro para a estação Cais do Sodré, de lá peguei um ônibus que me deixou ao lado do Mosteiro dos Jerônimos. A construção impressiona pela arquitetura e tamanho. Como eu já esperava, havia muita gente na entrada do Mosteiro mas foi possível entrar sem dificuldade. Só a construção em si já vale a visita, mas havia exposições bem interessantes. Só não consegui visitar a igreja que segundo informações ela é impressionante. É nela que estão os túmulos de Vasco da Gama e do poeta épico Luís de Camões, além dos restos mortais de reis de Portugal.
O Mosteiro dos Jerônimos, teve a sua construção iniciada em 1501 por iniciativa do rei D. Manuel I e que só foi concluído cem anos mais tarde. É um dos grandes monumentos da capital e Patrimônio Cultural da Humanidade. Hoje é um espaço dedicado a cultura, nas alas do antigo mosteiro estão instalados o Museu da Marinha, Museu de Arqueologia e a Igreja de Santa Maria de Belém.


Dalí segui para a fábrica de Pastéis de Belém que fica na mesma rua do Mosteiro. Essa proximidade tem tudo a ver com a origem do doce mais famoso de Lisboa (pastel em Lisboa é um doce e não um salgado como conhecemos no Brasil), é que junto ao Mosteiro dos Jerônimos havia uma refinação de cana-de-açúcar associada a um ponto de comércio. Em 1834 todos os conventos de Portugal são fechados, expulsando o clero e os trabalhadores. Numa tentativa de sobrevivência, alguém do Mosteiro põe à venda nessa loja uns doces pastéis, rapidamente designados por "Pastéis de Belém".
Havia fila para comprar e comer pastel, uma rotina diária na fábrica. E já que teria que entrar na fila eu não ia comprar só um né. Saboreei com calma meus dois pastéis (deveria ter comprado mais) e fui entrando pela casa que, quem entra na loja não imagina, tem várias salas e todas ocupadas por pessoas comento Pastel de Belém.


Saí da fábrica muito satisfeito e fui conhecer o Padrão dos Descobrimentos, construído em 1960 nas comemorações dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique, navegador, e assim homenagear também os grandes navegadores portugueses. O monumento marca uma época de ouro para Portugal. Construído de frente pra o rio Tejo no formato de uma caravela trás na lateral estátuas de figuras importantes da época da expansão marítima.
Fui até o mirante que fica no topo do edifício enquanto outras pessoas só entraram até a recepção, elas perderam uma vista fascinante da cidade. Depois assisti um vídeo no auditório muito bom sobre Portugal.



Em seguida caminhei até a Torre de Belém, outro Patrimônio Cultural da Humanidade. Uma fortaleza construída na era das descobertas pra defesa de Lisboa. A Torre era tão importante pra época que existia a figura do Governador da Torre, ele representava o rei e exercia funções militares, assim como administrativas e judiciais. Passada a época das grandes descobertas, a construção funcionou como controle aduaneiro, telégrafo, farol e até prisão política, tendo seus armazéns transformados em masmorras.

Fiquei em Belém pela manhã e após o almoço segui para outro lado da cidade. De metro fui para o Parque das Nações. Desci na estação Oriente que fica praticamente dentro do centro comercial Vasco da Gama.
O Parque das Nações é uma grande área na parte oriental da cidade onde aconteceu EXPO 98, cujo tema foi "Os oceanos: um patrimônio para o futuro". Após a exposição o local foi transformado em uma área residencial e comercial reunindo inúmeras atrações culturais e de lazer como o pavilhão do conhecimento, oceanário, teatros, teleférico, bares e restaurantes. É a região de Lisboa com as construções mais modernas.
Não sei se porque era domingo, mas era grande o movimento de pessoas no local. A maioria do público era de portugueses e imigrantes, havia muitos brasileiros. Inclusive andando pelo local de repente ouvi um forró, fui acompanhando o som e cheguei num bar onde vendia Skol e outra cervejas brasileiras. Pelo visto o público brasileiro é grande no Parque das Nações.
Depois peguei o teleférico, uma forma de visualizar o grande parque que fica as margens do rio Tejo. Desci do outro lado do parque perto do cassino e o Oceanário de Lisboa, fiquei pensando se valeria a pena pagar 12 € para ver peixes. Resolvi entrar e não me arrependi. O Oceanário de Lisboa é um dos maiores aquários públicos da Europa e o local mais visitado de Portugal.

A essa altura do campeonato os meus pés e joelhos estavam pedindo arrego, andei muito todos esses dias. Então sentei em frente ao centro comercial e fique ali por um bom tempo. Eu ainda não havia saído à noite em Lisboa e me programei pra o último dia, mas cansado do jeito que estava eu não conseguiria. Aproveitei que tinha um supermercado no centro comercial, comprei comida e um Periquita por menos de R$ 10,00 (nesse caso Periquita com “E”, em Portugal, é um vinho) e fui fazer o meu programa da noite em casa.
2 Comentários
Vim que conheceu bem Lisboa, já morei em Lisboa, Espanha, França e Andorra e fiz faculdade em Lisboa na inp.pt na linha amarela, acho que pegou o metro e conheceu também a baixa do chiado onde ficar consulado do brasil que ficar em frente a praça de Luiz camões que também tem a brasileirinha muito famosa
ResponderExcluirMuito obrigado pela visita Jonny.
ResponderExcluirFui até a praça Luis de Camões e estava bem movimentada. Como Brasileiro fui ao café A Brasileira.
Adorei Portugal. Pretendo voltar.
Um abraço.